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Joana Soeiro, basquetebolista do Benfica, responde aos leitores
desenvolvido porJotCast
Fernandes
2:34
Olá Joana. Achas justo que no Benfica as 5 equipas femininas de pavilhão sejam amadoras, enquanto que as 5 masculinas são profissionais?
José Esteves
2:34
Boa tarde. Como vê a evolução do basket feminino em Portugal?
Joana Soeiro
2:38
Olá! A igualdade de género no desporto é algo que ainda está em evolução não só no Benfica. Neste caso trata-se de uma opção do clube mas claramente gostaria que todas as modalidades femininas também fossem inteiramente profissionais.
2:39
Boa tarde! A evolução do basket feminino em Portugal é notória, basta olharmos para a quantidade de jogadoras a jogar em grande palcos europeus e até mesmo norte-americanos bem como os resultados das seleções nacionais. Estamos no caminho certo!
Fernandes
3:02
Olá Joana. Qual a explicação que encontras para que Portugal não tenha equipas profissionais de basket feminino, ao contrário do que acontece em muitos outros países europeus?
Joana Soeiro
3:06
Olá! Na minha opinião, Portugal é e sempre foi um país de futebol quer no masculino quer no feminino. Posto isto, os vários apoios aos clubes e o próprio investimento destes insere-se com mais evidência sobre essa modalidade. Ainda assim, vemos crescer a modalidade de basquetebol a nível nacional A passos largos.
Fernando
3:08
Joana, achas que a limitação de estrangeiros ajuda ou prejudica a jogadora portuguesa? É justo que os clubes sejam obrigados a contratar pela nacionalidade em vez de olhar só para a qualiadade?
Joana Soeiro
3:13
Acho que a limitação de 3 estrangeiras na nossa liga é benéfica para a jogadora portuguesa pois assim esta pode sempre usufruir da qualidade e competitividade das atletas estrangeiras diariamente nos treinos para evoluir, sem excluir a possibilidade de adquirir também minutos e experiência de jogo. Isto elimina a dependência das equipas somente no jogador estrangeiro, dando a oportunidade de ter jogadoras nacionais como peças fundamentais no plantel.
Santos
3:13
Olá. Preferes que o campeonato continue com 12 clubes, ou achas que seria melhor reduzir para 8, para aumentar a competitividade?
Joana Soeiro
3:18
Olá! Na minha opinião não acho necessária tal mudança. As quatro equipas que se encontravam no fim da tabela estavam-se a bater com as oito primeiras equipas, algumas chegaram até a sair vitoriosas de vários encontros. Isto demonstra que o campeonato era competitivo na sua generalidade.
Barros
3:19
Olá. Concordas que os clubes deviam apostar fortemente em treinadores/treinadoras estrangeiras para subir o nível das jogadoras e das equipas, ou acreditas que os portugueses têm o mesmo nível de conhecimento que existe, por exemplo, em Espanha, França, etc.?
Joana Soeiro
3:22
Olá! Até mesmo os clubes espanhóis e franceses contratam treinadores de fora. Temos inclusive treinadores portugueses espalhados pela Europa nas melhores ligas o que demonstra que temos treinadores portugueses com qualidade. Na minha opinião a nacionalidade é relativa. O critério na escolha de um treinador ou de um jogador deveria sempre basear-se na sua qualidade e competência e não na sua nacionalidade.
Carla Antunes
3:23
Gostavas de ter jogado na NCAA em vez da NAIA nos Estados Unidos? Há grandes diferenças entre as duas realidades?
Joana Soeiro
3:33
A grande diferença entre a NCAA e a NAIA está no facto em que uma oferece um maior número de bolsas de estudo na sua totalidade, em relação à outra que apenas oferece bolsas de estudo na sua totalidade a metade das jogadoras da equipa. Por este motivo e talvez pela dimensão e pelo palco que é a NCAA, as melhores jogadoras optam por pertencer a esta liga o que faz dela a melhor liga universitária. A minha experiência na NAIA superou as minhas expectativas logo no primeiro ano quando nos jogos de preparação da época contra Universidades NCAA consegui perceber que as melhores equipas NAIA superavam as equipas mais frágeis da melhor liga universitária norte-americana. Ainda que em 2013 tivesse recebido bolsas de estudo por várias universidades para jogar na NCAA I, optei por ficar mais um ano em Portugal e ingressar na faculdade em Lisboa decisão que mais tarde me impediria de transferir para NCAA I.
Pedro Filipe
3:33
Como é jogar num clube como o Benfica?
Joana Soeiro
3:36
Jogar num clube como o Benfica é uma sensação de responsabilidade e de grande honra. Vestir a camisola encarnada e ao mesmo tempo fazer aquilo que amo é algo que sempre quis. Sendo este o clube do meu coração, poder fazer parte desta enorme família benfiquista é sem dúvida uma conquista e um enorme privilégio.
Fernando
3:37
Faz sentido ser profissional no basquetebol feminino português?
Joana Soeiro
3:38
Na minha opinião faz sempre sentido desde que sejam oferecidas as condições necessárias para que isso aconteça. Felizmente é o meu caso no Sport Lisboa e Benfica.
Rui Carlos
3:38
Quem foi a melhor jogadora com quem jogou? E como se classifica como jogadora?
Joana Soeiro
3:40
Sou muito sortuda relativamente às colegas de equipa com quem tenho vindo a trabalhar. Mas se tivesse que escolher uma, talvez a norte americana e ex-WNBA com quem joguei em 2012 e com quem conquistei a taça de Portugal e campeonato nacional, Katie Gearlds. Se me tivesse que classificar como jogadora em poucas palavras diria que sou uma líder que trabalha arduamente todos os dias para poder aplicar as minhas competências da melhor maneira sempre com vista no sucesso coletivo.
Carlos Silva
3:46
Estudou numa universidade americana julgo eu...o que deu para absorver dessa experiência?
Joana Soeiro
3:48
Correto!
Trago muito pois foram quatro anos da minha vida onde tive que demonstrar grande capacidade de trabalho e sacrifício diariamente. Não só como jogadora mas também a nível pessoal, a minha experiência nos Estados Unidos foi bastante enriquecedora.
CarlosEsteves
3:48
Olá Joana! No site eurobasket fala-se na vida da Ana Radovic do Olivais para Benfica, visto não temos tido a opção pela vaga da atleta da Comunitária na equipa, a vinda da Ana poderá ser uma boa opção para Benfica, no intuito de levar a equipa a conquista do campeonato nacional?
Joana Soeiro
3:49
Olá Carlos 👋🏼 Ainda não tenho conhecimento em relação a esse rumor, contudo este ano tive a oportunidade de partilhar o campo com a Ana enquanto adversária e é sem margem para dúvidas uma excelente jogadora, bastante experiente e que irá acrescentar qualidade em qualquer equipa onde esteja.
Miguel Vieira
3:51
Olá Joana! Qual é o segredo para seres a "Rainha" das assistências da Liga Feminina?
Joana Soeiro
3:53
Olá Miguel! Para que eu consiga atingir essa meta, não dependo somente do meu trabalho. Uma assistência fica completa quando duas jogadoras executam com eficiência não só o passe como a finalização. Por isso, devo este prémio às minhas colegas e ao trabalho realizado por todas ao longo da época, bem como à equipa técnica por confiarem nas minhas capacidades e identidade enquanto base.
António Miguel
3:54
Seres Benfiquista ajuda a dar aqueles 10% a mais?
Joana Soeiro
3:58
Sou muito profissional e amo o que faço, por isso desde o início da minha carreira que dou 100% de mim. Contudo e como já referi anteriormente, representar o Sport Lisboa e Benfica intensifica o meu querer e ambição cada vez que visto o manto sagrado.
Sofia
3:58
Tens algum curso superior?
Joana Soeiro
3:59
Sim. Concluí a minha licenciatura em Gestão Empresarial com especialização em Gestão Recursos Humanos e Management Information Systems nos Estados Unidos.
Mary
4:00
Tu e o teu namorado treinam juntos?
Joana Soeiro
4:02
Olá Mary! Correto, o meu namorado também é jogador profissional na mesma modalidade e ajudamo-nos um ao outro. Aproveitamos o facto de ambos termos objetivos idênticos e treinar em conjunto.
Rita
4:02
Quais os clubes onde já jogaste?
Joana Soeiro
4:05
Olá Rita!
Iniciei o meu percurso no Grupo Desportivo do Gafanha, depois passei pelo Sport Algés e Dafundo, Marian University em Indianápolis nos Estados Unidos, União Sportiva nos Açores e agora Sport Lisboa e Benfica. Durante todo o meu trajeto também representei as seleções distritais de Aveiro nos escalões de formação, estive presente nos centros nacionais de treino e alto rendimento (CNT Calvao e CAR Jamor), e seleções nacionais em todos os escalões incluindo seleção absoluta atualmente.
Robalo
4:05
Ola Joana, como sabemos a alimentacao e muito importante para um atleta de basquete. Se não fosse o basquete, que desporto praticarias?
Joana Soeiro
4:08
Olá Robalo 👋🏼  Concordo com a tua afirmação. Não só para um atleta de basquete como para qualquer outra pessoa que ambicione ter um estilo de vida saudável. Se não fosse o basquete gostaria de ter uma carreira no atletismo, especialmente velocidade.
Miguel Vieira
4:08
Ajudaste a vencer a Taça Vitor Hugo, como foi conquistar o primeiro troféu oficial para o basquetebol feminino do SLB?
Joana Soeiro
4:12
Ajudar a conquistar o primeiro título da história do clube na modalidade na Liga Portuguesa foi sem dúvida algo que queria muito desde o momento em que assinei pelo SLB. Espero poder continuar a fazê-lo pois um clube desta dimensão merece estar no topo em todas as modalidades não só masculinas mas também femininas.
Anonimo
4:12
Devido à pandemia que nos afecta há uns meses, a Joana continua a treinar para se manter em forma?
Joana Soeiro
4:14
Sem dúvida. Este período que todos atravessamos veio afetar muito a nossa rotina e o nosso estilo de vida, contudo temos que manter a mentalidade de que enquanto atletas, um dia vai passar e quando esse dia chegar devemos estar prontos física e mentalmente para iniciar uma nova época.
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